«Naquele instante - minha vida é uma rajada de instantes - não sabia direito o que fazer com o facto de me ver assim, de repente, apaixonado.»
O desejo cansa. Dá trabalho. É complicado e caprichoso. Ora encolhe sem razão, ora assalta sem aviso.
Que o diga o Liminha, que consegue, depois de meses de namoro, ficar noivo da Mariana, «essa apoteose» de mulher. A noite de núpcias promete tudo o que Liminha não conseguiu até lá: um mergulho nesse «território penumbroso e perfumado» da virginal esposa. Mas a esposa não lhe dá passagem fácil, porque, afinal, «o amor não é só sexo». Ou é?
Já Horácio e Maria Helena, na meia-idade, cumprem papéis inversos no jogo da sedução. Ela arde de desejo, quer prazer na cama depois de ver a novela. Ele acha que está na hora de se libertar da ditadura do sexo. Será o tão afamado comprimido azul capaz de atear a paixão?
São desbragadamente divertidas - porque realistas, incisivas e sem tabus - estas e outras histórias de desejo, fantasia, amor e paixão, cumpridos e por cumprir. Outra coisa não se esperaria da pena de Reinaldo Moraes, autor finalista do Prémio Portugal Telecom, cronista, por excelência, da vida e do sexo como eles são.
Os elogios da crítica:
«Reinaldo Moraes é o grande libertino vivo da língua portuguesa. Liberta-a e liberta-nos. Uma festa.»
Alexandra Lucas Coelho
«Nada mais fácil que gostar deste livro. Logo de saída, o leitor é seduzido pelo humor sem pompa nem circunstância das histórias em que Reinaldo Moraes faz a crónica erótica da vida como ela é.»
Folha de S. Paulo
Sobre a obra de Reinaldo Moraes:
«O que transborda é o humor escatologicamente sutil de Moraes (sim, às vezes mais escatológico do que sutil). (...) Contadas as piadas, terminadas as histórias, silenciado qualquer possível riso, desprezado qualquer eventual desgosto, resta a melancolia de saber que, quando o assunto é relacionamento, seja sexual ou amoroso, nada pode se resolver.»
Julián Fuks, Folha de S. Paulo
«Pode não gostar da pessoa que lhe fala ao ouvido. Pode não querer ouvir o que ela tem para lhe dizer - é simultaneamente chocante, moralmente duvidoso, encharcado de conteúdo sexual explícito, drogas ilegais e jogo, ou pior. Mas não vai conseguir parar de ler. Os livros de Reinaldo Moraes especializam-se em narrativas de primeira pessoa de personagens que não perdem tempo com morais nem culpas nem censuras.»
The Guardian
«Líbido solta, e soltando a língua, o que nos romances em língua portuguesa não tem assim tantos precedentes de peso.»
Alexandra Lucas Coelho, Público (sobre Pornopopeia)
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