Longe de anunciar o início de uma era de democracia cosmopolita e capitalismo em crescimento, a queda do Muro de Berlim marca o início de uma época de turbulência política crescente. Há dez ou quinze anos, a globalização neoliberal e uma globalização mais justa e mais democrática pareciam ser as duas únicas opções, mas, na sequência da crise financeira e da crescente migração para a União Europeia, vemo-nos confrontados com desenvolvimentos acelerados e preocupantes: a ascensão de partidos nacionalistas como a Frente Nacional Francesa, a demagogia encarnada por Donald Trump, as tendências autoritárias na Europa Central e Oriental, uma onda de xenofobia e de crimes de ódio e uma brutalização do discurso público. As reivindicações de direitos humanos e civis estão a ser substituídas por uma retórica de segurança, enquanto as ideias de cooperação transnacional são substituídas por apelos para o reforço da soberania nacional.
Este livro analisa as razões para este «grande retrocesso», colocando-o num contexto histórico mais amplo, pensa em possíveis cenários para os próximos anos e discute estratégias para contrariar estas tendências.
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