O Anti-Namorado

O meu vizinho Deacon é um homem extremamente atraente e sabe-o bem. Por isso, não é de estranhar que o seu apartamento se encha de gemidos deleitosos que denotam noites de grande entusiasmo com as companhias femininas que leva para casa.

O problema é que a fina espessura das paredes que pidem os nossos tetos me obriga a estar demasiado a par dos seus relacionamentos, mantendo-me acordada e com a imaginação sempre a funcionar… Afinal, a minha vida amorosa é praticamente inexistente desde o nascimento da minha filha, o maior amor da minha vida.

Certo dia, depois de uma noite mal dormida devido à atividade noturna do Deacon, enchi-me de coragem e pedi-lhe que tentasse ser mais discreto. Para minha surpresa, ele não só compreendeu o meu problema como afirmou que iria mudar a cama de sítio. E para mostrar como era bom vizinho, até se ofereceu para fazer umas compras por mim.

A partir desse dia, a nossa relação mudou. O Deacon tornou-se um bom amigo, sempre pronto a ajudar, e eu descobri que ele tinha jeito para acalmar a minha bebé nas crises de choro. Se não fosse o facto de não querer assumir compromissos, ele podia ser o homem perfeito. Mas era exatamente o oposto.