Gilda não consegue parar de pensar na morte, imaginando cenários terríveis e improváveis que a deixam de coração aos saltos e com falta de ar.
A sua ansiedade é tão grave, que os funcionários das urgências já a conhecem. Desesperada por encontrar algum alívio, dirige-se a uma igreja católica que oferece serviços de psicoterapia, onde é recebida pelo padre Jeff, que depreende que ela está ali para uma entrevista de emprego. Demasiado envergonhada para o corrigir, Gilda confirma e acaba por ser contratada como rececionista, para substituir a antiga funcionária, Grace, uma mulher idosa recentemente falecida.
O problema é que Gilda não só não é católica como também é ateia e lésbica. Sentindo que tem de manter as aparências, decide aprender os procedimentos da igreja, enquanto tenta ganhar coragem para lavar a pilha de louça que se acumula no chão da sua casa e convencer a namorada de que, apesar do seu aspeto cada vez mais preocupante, está tudo bem consigo.
No decorrer das suas funções, Gilda encontra a correspondência trocada entre Grace e a sua velha amiga Rosemary, mas não tem coragem de lhe dar a má notícia, pelo que começa a fazer-se passar por Grace por e-mail, encontrando algum consolo naquela troca de palavras generosas. Contudo, quando a morte de Grace começa a ser investigada pela polícia, Gilda vê-se obrigada a lidar com as mentiras que contou e que podem revelar a toda a gente a forma como tem verdadeiramente vivido.
Os elogios da crítica:
«Hilariante, solidário, exasperante e comovente.» — Library Journal
«O equilíbrio perfeito entre macabro e divertido.» — Buzzfeed
oslivrosdamartinha –
Este livro é hilariante, tem tanto de mórbido, como de divertido. A autora teve a capacidade de com um tema pesado, construir um romance cómico, passando a mensagem que pretende. Um livro em que o tema principal é a ansiedade, e é impossível não nos identificarmos com certos pensamentos da protagonista.
Uma escrita extremamente fluída, uma história bastante enquadrada com personagens paralelas igualmente importantes.
duquezadoslivros –
A Gilda e este livro ganharam um lugar de favorito. Não só do ano, mas de sempre.
Querem viver na mente de uma pessoa extremamente ansiosa e depressiva, constantemente num verdadeiro carrossel de pensamentos? Leiam este livro.
Houve certas partes que confesso que foram difíceis de ler, pelo cenário descrito. Mas todos eles necessários para entender bem esta personagem e em nenhum momento esses cenários tiram mérito à história, muito pelo contrário.
Como pessoa extremamente ansiosa que sou, consegui entender na perfeição os medos, as angústias e a infelicidade da Gilda.
Um livro hilariante e deprimente ao mesmo tempo, focado na saúde mental e na sua importância. Que desmistifica através de humor temas tão importantes e necessários.
Que me deixou a refletir que muitas vezes há falta de paciência e empatia para pessoas como a Gilda e isso não está correto. Sim, porque pessoas como elas existem verdadeiramente e são tão válidas como todas as outras e têm e devem ser aceites pela sociedade em geral.
Jéssica –
É um livro com uma escrita compulsiva, com a qual é fácil nos identificar-mos, mas com muitooooos gatilhos para alguém que não se encontre numa boa fase de saúde mental/psicológica. É preciso ir preparado e tentar levar tudo com leveza. É um livro com muito humor negro.
É um livro que aconselho, principalmente a quem não sofra de ansiedade e depressão, pois está tão bem caracterizado que pode ajudar as pessoas a perceberem melhor como alguém que passa por isto se sente ????
brunoraminhosbooks –
Neste livro acompanhamos o dia a dia de Gilda, uma jovem com problemas de depressão e ansiedade. Sentimos os seus pensamentos obsessivos pela morte, as suas ansiedades e o desinteresse geral pela vida.
Li o livro em poucos dias, mas cheguei ao fim sem ter uma grande empatia por Gilda. De certo modo, era o que ela achava que as pessoas sentiam o mesmo por ela, incompreendida. E talvez tenha sido intenção da autora fazê-lo. Contudo, houve passagens caricatas com algum humor à mistura que contribuiu para uma leitura mais leve e fluída da qual gostei, só que o meu coração de gelo não ficou arrebatado.
P.S.: Fãs de piadas secas? A melhor que li no livro:
“- Qual é a fórmula química da água benta? H Deus O.”
Beatriz Testa // testabooks –
TW: ansiedade, ataques de pânico, homofobia, síndrome do impostor, morte, alcoolismo, suicídio.
Nem sei bem como falar deste livro e isso é algo raro em mim. Começo por avisar que quem decidir aventurar-se vai passar metade do livro a pensar “wtf, o que é que eu estou a ler?”, mas diria que vale a pena arriscar!
Assistimos a esta história como se estivéssemos dentro da cabeça da protagonista, e vemo-nos obrigadas a lidar com a amálgama de pensamentos difusos que ela carrega consigo, saltitamos pelas suas ideias e devaneios sem grande lógica aparente, sentimo-nos apáticos, ansiosos e tristes tal como se sente a Gilda.
“Toda A Gente Nesta Sala Um Dia Há De Morrer” é um livro peculiar, diria que é daqueles que “primeiro estranha-se depois entranha-se”. Tem um pouco de tudo, é viciante, macabro, misterioso, irónico e divertido.
Demorei a processar esta este final, mas cheguei à conclusão de que este é um daqueles livros em que o que importa é a mensagem. Para mim, esta história é sobre aprender a priorizar o nosso bem-estar, sobre não nos deixamos consumir, sobre sermos empáticos, sobretudo para connosco porque no fundo, o sentido da vida é conseguir encontrar alguma felicidade.
Mudar a Página –
Temos um livro onde a autora, através de uma personagem fictícia, usa a ironia, o sarcasmo e o humor para nos mostrar como é viver com uma doença mental. Aborda temas fortes e com bastante significado. É duro, triste e angustiante.
É uma história que nos permite ver como reage a sociedade a assuntos tão intrísecos nela, por exemplo as doenças mentais e a homossexualidade.
Portanto, sim, adorei esta leitura. Fez-me sentir! E quando isso acontece é porque temos, sem dúvida, um livro muito especial!