Os motivos para ler «Oh, William!», segundo o júri do Booker Prize

Foi anunciada a shortlist para o Booker Prize deste ano e a competir pelo prémio estão agora seis obras. Sobre cada uma, o júri destacou as qualidades, os elementos inovadores e viciantes.

 

Oh, William!, de Elizabeth Strout, é uma delas. Editado pela Alfaguara em junho de 2022, o livro continua a saga familiar que começou com O meu nome é Lucy Barton e se estendeu a Tudo é possível.

 

O vencedor do Booker Prize será anunciado a 17 de outubro. Até lá, conheça os motivos que os jurados do prémio destacam como essenciais para ler Oh, William!.

 

Numa frase, como resumiriam este livro de forma a encorajar os leitores a escolhê-lo?

Oh, William! é um daqueles livros discretos e luminosos que nas coisas mais simples descobre os mais profundos mistérios. As reflexões gentis de Strout sobre casamento, família, amor e solidão são completamente penetrantes.

 

Há algo único neste livro? Algo que ainda não tenham encontrado antes na ficção?

Será que alguma vez houve uma personagem como Lucy Barton? Despretensiosa e ao mesmo tempo profunda, completamente comum e ao mesmo tempo profundamente comovente. Uma mulher numa fase mais tardia da vida, cheia de dúvidas e arrependimentos, as reflexões de Lucy também iluminam o leitor.

 

Qual o elemento deste livro que acham que os leitores vão não só admirar, mas também amar?

A escrita de Strout está impregnada de compaixão pelos seres humanos, despedaçados e desapontados, cheios de loucuras e fragilidades, mas igualmente capazes de uma profunda compreensão.

 

Com que personagens específicas é que os leitores podem ter uma conexão e porquê?

Lucy Barton é uma mulher mais velha, divorciada, com filhos crescidos. Ainda assim, continua a tentar fazer as pazes com a própria infância e a descobrir quão pouco entendeu as pessoas próximas dela. Strout escreve-a com empatia e perspicácia.

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