Os tesouros que podem ter passado despercebidos em 2022

Dezenas de livros são editados todas as semanas. Acompanhar todas as novidades pode nem sempre ser fácil. É, por isso, natural que alguns lançamentos lhe tenham passado ao lado – e  podia até estar no meio deles aquela obra que facilmente ocuparia o seu top 3 de 2022.

A Penguin Magazine reuniu alguns títulos imperdíveis do último ano para garantir que não lhe escapa nada. Agora só tem mesmo de escolher por qual começar.

 

Terra, Eloy Moreno

Foi um fenómeno em Espanha e com todos os motivos para isso. Garantimos-lhe que, quando acabar de ler Terra, vai olhar para uma data de coisas de forma muito diferente.

Uma comovente história de sentimentos, laços familiares, natureza, sociedade e a importância de seguir os nossos sonhos.

Tudo o que restou de nós, Adam Silvera

The Washington Post chamou-lhe «complexa e comovente dedicatória ao amor e à amizade» e é exatamente isso que caracteriza a mais recente obra do autor de No final, morrem os dois.

Uma história de amor, perda e luto contada na forma única de escrever de Adam Silvera.

O homem ilustrado, Ray Bradbury

Um dos livros mais famosos de Ray Bradbury, adaptado com sucesso ao cinema, à rádio e à televisão, O homem ilustrado mergulha na psicologia e nas emoções mais íntimas do ser humano que habita em mundos futuros, mas assustadoramente parecidos com o nosso. Aliando fantasia, lirismo e terror, esta é uma das grandes obras visionárias de Bradbury, que influenciou gerações de escritores, músicos, artistas e cineastas.

Quando éramos peixes, José Gardeazabal

O ambiente de fronteira, entre uma nova prosperidade e os velhos hábitos despóticos, é o palco de uma interrogação sobre o feminino e o masculino, a sexualidade e o género cujo protagonista é um verdadeiro triângulo amoroso onde cada vértice ama os outros. É um romance desconcertante e original que reforça a universalidade da experiência humana.

Medo da consciência negra, Lewis Ricardo Gordon

Segundo o filósofo afro-judeu Lewis Ricardo Gordon, herdeiro do pensamento de Fanon, ninguém nasce com uma consciência negra.  A pandemia e a exposição global de episódios chocantes de brutalidade racista a que todos assistimos forçaram a sociedade a confrontar-se com o racismo que lhe é estrutural, um sistema sustentado na desumanização e na invisibilização da pessoa negra.

O jornal The Guardian descreveu-o como «importante, forte… Uma análise sobre a razão por que as manifestações antirracistas representam um perigo tão grande para a estrutura de poder branco.»

Os judeus não contam, David Baddiel

«Um livro tão cativante que se lê de um só fôlego.», The Times

«Uma obra fascinante. Aconselho vivamente.», Piers Mogan

«Um livro audaz e necessário. David Baddiel é um pensador e um escritor brilhante.», Jonathan Safran Foer

«Uma obra-prima.», Stephen Fry

«Imperdível.», Sarah Silverman

São precisos mais motivos para ler Os judeus não contam? Neste livro, numa brilhante combinação de observações perspicazes, experiências pessoais e críticas acutilantes, o famoso comediante e escritor David Baddiel apresenta a sua perspetiva sobre como as políticas identitárias e não discriminatórias têm falhado com uma identidade em particular e descreve como os judeus não contam como uma verdadeira minoria — e por que motivo deveriam contar.

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