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Natureza, cultura e desigualdades

Neste livro, Thomas Piketty apresenta uma síntese dinâmica do trabalho da sua vida. Abordando temas tão variados como a educação, o património, o sistema fiscal, a crise climática ou a desigualdade de género, rejeita as “causas naturais” como geradoras de desigualdade e sublinha o papel da luta política e social na construção de uma sociedade mais igualitária.

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Características

Chancela Objectiva

Autor(a) Thomas Piketty

Tradutor CRUZ, CAROLINA
ISBN 9789897875397
Data de publicação Fevereiro de 2024
Edição atual 1.ª
Páginas 104
Apresentação capa mole
Dimensões 138x210mm

Coleção Objectiva

Idade recomendada Adultos
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Descrição

A desigualdade tem origens extraordinariamente diversas, intimamente relacionadas com o momento histórico e o contexto social em análise. Um debate antigo contrapõe fatores culturais, como seriam políticas educativas e fiscais, a fatores naturais, como os recursos geográficos ou um qualquer talento inato, para destrinçar a origem de clivagens sociais e económicas tão expressivas e dispersas no tempo e no espaço.

Para compreender esta discussão, porém, é vital analisar os fatores quetêm contribuído para o fenómeno e as múltiplas trajetórias socioeconómicas, políticas, culturais e religiosas a que está ligado.

Neste texto breve, Thomas Piketty apresenta uma síntese dinâmica e muito pertinente do seu trabalho: abordando temas tão variados como a educação, o património, o sistema fiscal, a crise climática ou a desigualdade de género, refuta a existência das “causas naturais” para a desigualdade e demonstra como o caminho para a igualdade só pode ser feito através da luta social e política.

Excerto do livro:
“O exemplo da Suécia, considerado um dos países mais igualitários do mundo, é interessante a este respeito. Alguns atribuem este facto às características intemporais do país, a uma cultura que é, por natureza, adepta da igualdade. Porém, na realidade, a Suécia foi durante muito tempo um dos países mais desiguais da Europa, com uma impressionante sofisticação na organização da sua desigualdade. Esta situação transformou-se muito rapidamente no segundo terço do século XX, em resultado de uma mobilização política e social, com a chegada ao poder do partido social-democrata, no início da década de 1930. Este partido social-democrata, que governou durante meio século, colocou a capacidade estatal da Suécia ao serviço de um projeto político completamente diferente da ordem anteriormente vigente. A Suécia representa, neste contexto, um caso interessante que mata pela raiz a crença em qualquer determinismo a longo prazo, decorrente de fatores naturais ou mesmo culturais, responsável pelo facto de algumas sociedades serem eternamente igualitárias, ao contrário de outras eternamente desiguais, como a Índia, por exemplo.”

“As construções sociais e políticas estão sujeitas a mudanças, e por vezes de forma muito mais célere do que supõem os observadores contemporâneos – nomeadamente os vencedores do sistema, os grupos dominantes que, por razões óbvias, tendem a normalizar as desigualdades, apresentando-as como imutáveis e alertando contra qualquer mudança que possa ameaçar esta confortável harmonia. A realidade é bastante mais dinâmica e encontra-se em permanente reconstrução: é o resultado de relações de poder, compromissos institucionais e bifurcações inacabadas.

Apesar da grande diversidade de sistemas desigualitários, verifica-se, contudo, um movimento fundamental ao longo dos últimos séculos: a tendência para uma maior igualdade social. É certo que se trata de um movimento historicamente situado, que não teve início, por exemplo, no Neolítico ou na Idade Média. Pertence a um período histórico muito específico inaugurado em 1789, no fim do século XVIII, e que conduziu a uma maior igualdade económica e social.”

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