Quando lhe perguntam quem é, Andrea Bern tem a resposta na ponta da língua: ela é designer, nova-iorquina, amiga, filha e irmã.
Mas, nas entrelinhas, percebe-se a sua verdadeira natureza: ela é quase quarentona, quase artista, quase à deriva, quase adulta. À sua volta, as pessoas arquitetam a vida tal qual os padrões que as revistas e as séries de TV populares comandam.
Mas há muito que Andrea deixou de perseguir esse sonho e de ter expetativas irreais sobre a sua vida. Contudo, quando a sua sobrinha nasce com uma doença incurável, Andrea e a família têm que rever prioridades.
Pela primeira vez, ela é forçada a fazer algo impensável: a preocupar-se com os outros.
Ideal para fãs de O Diário de Bridget Jones e O Sexo e a Cidade.
Selecionado para várias listas de melhor livro do mês, incluindo as revistas Elle e Vogue UK, o jornal Chicago Tribune, o site Book Riot e a Amazon
Joana –
Este é um livro sobre todas as interregações e dilemas que temos quando antigimos a suposta idade adulta, e apesar de ter concordado com muito, de ter sentido empatia pela Andrea em algumas situações, confesso que esperava um bocadinho mais.
Sim, fez-me fazer as perguntas certas, mas não fiquei inteiramente fã da escrita da autora. Achei que era demasiado “corrida”, que tudo acontecia demasiado depressa, tornando as coisas um bocadinho confusas. A ação vai alternando no tempo, mas por vezes isso não é logo perceptível e há mais foco na vida das pessoas à volta da Andrea do que propriamente na dela.
Mas por outro lado, a vida às vezes é um bocadinho assim não é? Estamos aqui, mas a pensar no que o passado nos tornou e a imaginar o que o futuro será e quando damos conta já lá estamos e vivemos mais a vida dos outros do que a nossa.
Ms é um livro curto, que se lê rapidamente e que, a bem ou a mal, nos deixa a refletir sobre o que andamos aqui a fazer.