Os 7 pecados literários de Fernando Ribeiro

Quatro homens com pouco em comum veem-se, contra todas as expetativas, subitamente envolvidos numa espiral de sexo, vergonha, castigo, justiça popular, crimes sexuais e demónios.⁠

Entre o thriller e a narrativa hardcore, Café Kanimambo é a confirmação de Fernando Ribeiro como uma das vozes mais acutilantes e provocadoras da nova ficção nacional. Editado pela Suma de Letras e já disponível online e em todas as livrarias, é o pretexto ideal para descobrirmos os 7 pecados literários do autor.

 

Orgulho
Que livro considera sobrevalorizado?

A anomalia, do Hervé le Tellier. É uma seca, e é igual a uma série da Netflix (Manifest) que consegue ser tão má ou pior.

 

Inveja
Que livro gostaria de ter escrito?

Robinson Crusoé. Dava-me jeito aprender a fazer pão e a trabalhar a madeira, sem ninguém a chatear-me os cornos.

 

Ira
Que livro ou personagem achou insuportável?

A mais breve história da Rússia, [José] Milhazes.

 

Ganância
O que roubou de outro livro para um dos seus?

Nada de especial. Roubei a história do Escocês Solitário dos Contos tradicionais de todo o Mundo, para ilustrar a cena do meu romance (Bairro sem saída) onde o Galamba confronta os malfeitores do Bairro Rico na “muralha” da Brandoa.

 

Luxúria
Com que livro ou personagem teve uma relação erótica?

Dava uma voltinha com a Lady Chatterley ou com a Eugénie de Franval, esta se o pai deixasse.

 

Gula
Qual é o livro que mais relê e porquê?

A cidade e as serras do Eça [de Queirós]. Faz-me amar o meu país, apesar de todo este desgoverno.

 

Preguiça
Que livro gostaria de escrever (mas sabe que nunca acontecerá)?

Decifrar Pessoas. Subtítulo: para quê?

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