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Na terra dos outros

Diário involuntário, narrativa dos invisíveis, crónica de costumes, episódios da vida privada: eis a história de uma rapariga de aldeia que vai para a capital como criada de servir.

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Características

Autor(a) Manuel Abrantes

ISBN 9789897876042
Data de publicação Fevereiro de 2024
Edição atual 1.ª
Páginas 288
Apresentação capa mole
Dimensões 145x230mm
Idade recomendada Adultos
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Descrição

Na terra dos outros conta-nos a extraordinária vida de uma mulher comum: Maria do Carmo, uma de milhares de raparigas que deixaram a família e o quotidiano severo no campo e abalaram para as cidades, sozinhas, em busca de futuro. «Criadas para todo o serviço», ocupavam-se do que quer que conviesse aos patrões; muitas vezes, recebiam por paga somente cama (dura) e comida (escassa); não havia folgas, férias ou licença para sair. A Revolução de Abril, vivida dentro de portas e entre sussurros, traz grandes mudanças, embora pouco retorno,e Carmo vai reinventando os seus dias, década a década.
Com impressionante desenvoltura romanesca, este livro leva-nos do fim da ditadura às portas da atualidade, acompanhando uma emancipação ainda desigual, ainda por cumprir. A história de uma vida que se cruza com a história de um país em formação: planos adiados, desígnios perdidos, ilusões desfeitas.

«Não há muitas histórias assim, que nos mostrem o avesso do dia-a-dia de gente comum. A protagonista de Na terra dos outros e todas as peripécias da sua vida passam a fazer parte do nosso imaginário, transformandoeste romance num feito literário incomum.»
João Tordo

«A história de Maria do carmo é a história do apagamento, do autoapagamento, desse exército silencioso de mulheres que invisivelmente sustentavam a sociedade, a família, a sua e a dos outros, e faziam-no com o sacrifício de arrumarem os seus desejos e ambições para que estes não se intrometessem nas suas tarefas, para que não as atrapalhassem, para que os patrões nunca vissem nelas mais do que uma criada, um utensílio doméstico, um robô de cozinha, dequarto, de sala, da casa toda.»
Bruno Vieira Amaral

«Maria do Carmo, heroína invisível […], não se esquece. […] A protagonista de Na terra dos outros surpreende-nos até ao fim.»
Isabel Coutinho, Público

«Na terra dos outros não tenta ser o testemunho fiel dos momentos mais relevantes das últimas décadas de um país, mas antes contar uma história (que tambémé parte da história desse país) cujo ângulo é pouco privilegiado nas ditas crónicas históricas. […] Na terra dos outros não é um julgamento, um ajuste de contas com a história ou um balanço do que andámos para aqui chegar. É uma história, bem contada e longe de simplificações, que coloca a leitura na encruzilhada onde ela melhor se concretiza, entre a festa e a raiva, de olhos abertos para os sonhos cumpridos e para os desejos defraudados.»
Sara Figueiredo Costa, Blimunda

«A protagonista deste romance é heroína e mártir da própria história, é capaz de dar um passo no vazio ou deixar-se morrer aos poucos, abandonada à solidão. É tudo em um e é isso que torna esta história tão real e mantém o interesse até ao fim.»
Andreia Costa, Observador

«Na terra dos outros não é uma litania sobre os pesares da condição servil e a naturalização da desigualdade, embora aqueles e esta estejam brilhantemente descritos. É sobre a vida, com todas as suas contradições e aventuras e descobertas e fragmentos de agência que sempre restam, paralelamente aos sofrimentos calados. […] Nos 50 anos da nossa Revolução, eis um romance notável sobre esse lado tantas vezes invisibilizado na memória oficial da sociedade portuguesa. Comovente e imperdível.»
José Soeiro, Expresso

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